Noite da AMP: A política do psicanalista na época do Campo Freudiano, Ano Zero.
O marco do início das atividades da AMP desse ano, ocorreu no dia 29 de janeiro, ocasião em que se realizou na sede da ECF de Paris, A Noite da AMP.
Lembremos nós do fundamento tomado à letra da aposta que Jacques-Alain Miller lançou, junto a rede Zadig, tanto em sua conferência de Madri no mês de maio, como em seu texto “Campo Freudiano, Ano Zero” do mês de junho. Trata-se de uma nova época para a AMP, para a história do movimento psicanalítico. Nunca, até agora, se teria utilizado explicitamente da dimensão do Discurso do Psicanalista que, no entanto, estava implícita desde que Jacques Lacan a teria formalizado, ao lado de outros três discursos —o do Mestre, da Universidade e do Sujeito Histérico— em um dado momento se exigiu uma resposta à altura da subjetividade de nosso tempo. O momento atual exige sem dúvida que afinemos de modo decidido, as consequências desta nova dimensão.
Recordemos a aposta:
“Retomemos. Tenho um projeto: fazermos presente, não só na clínica, na psicologia individual, como disse Freud, senão também na psicologia individual enquanto coletiva, melhor dizer no campo político. Não como um partido político, senão enquanto psicanalistas que podem trazer algo para a humanidade, neste momento da ou das civilizações. Esta contribuição, Lacan a disse e repetiu, e esperava, mas não chegou a concretizá-la. Não conseguiu a abertura que hoje alcançamos em nossa época. Não deu esse passo, embora todo seu discurso convergisse para esse ponto.”
Que podemos pensar desse passo, do que se trata esse movimento que percorre o Campo Freudiano e como a ele se articula ZADIG?
Ecos da Noite Parisiense. Nosso colega Patrick Almeida entrevistou, logo após o evento da AMP em Paris, diversos colegas que ali estavam presentes.
Entrevistas com Leonardo Gorostiza, Enric Berenguer, Fabian Naparstek e Sergio Laia.