Pierre Naveau propôs um estudo com este título no espaço da ECF de París entre novembro de 2012 a junho de 2013. Desenvolveu, ao longo do ano, com muita sutileza, o conceito de “real” inventado por Jacques Lacan. Tratou-se de uma série de reuniões de trabalho que apontavam para a configuraração de um caminho para o congresso da AMP: “Um real para o século XXI”. O desafio destas reuniões apontou Pierre Naveau, “pode ser captado a partir do que Jacques-Alain Miller propôs na sua apresentação do tema para próximo congresso da AMP: “O que interpreta o inconsciente?” Para se poder responder a esta pergunta, há que se introduzir uma palavra. Esta palavra é “o Real”. As pulsões e, especialmente, a pulsão chamada escópica, constituirão a temática da primeira reunião da série. Pierre Naveau propôs como eixo de trabalho a seguinte afirmação: “Por acaso Lacan não escrevia, nesse breve texto cujo título “Do Trieb de Freud e do desejo do analista”? : “As pulsões são nossos mitos, disse Freud. Não há como considerar como uma referência ao irreal. É o real que é por elas mitificado, o ordinário dos mitos (…).” (Escritos, p. 830).